Minha avó paterna, que conheci ainda bem menina, hoje desencarnou.
Que tinha uma expressão séria mas que sabia sorrir e ser generosa como ninguém.
Nunca conheci alguém tão forte, capaz de suportar a dor da falta de um pedaço seu.
Minha mãe, foi assim que aprendi a te chamar. Foi você que me ensinou a ler, que fazia sempre as comidas que eu mais gostava, que tinha a paciência de me colocar em seu colo e pentear com tanto carinho os meus cachos.
Sempre vou lembrar disso; sempre vou lembrar que quando faltava luz você me colocava no seu colo e dizia que lá o bicho papão não ia me pegar.
Oh minha mãezinha! Que saudades daquele tempo que eu era sua Naná, corria o quintal com você atrás dos patos e galinhas, comia manga com farinha. Que saudades vou sentir de você!
Um dia desses tive um sonho: chegava em sua casa com meus pais e o Renzo pra te visitar e quando eu entrava no quarto, eu via você deitada na cama como sempre , só que eu via papai Orsetti sentado do seu lado; ele passava as mãos em seus cabelos brancos, te fazia carinho e ninguém mais o via além de mim e meu pai. Quando acordei, eu sabia que ele tava vindo te buscar, sabia que isso era um sinal de que ele estava por perto. Mãe, minha avó querida vá em paz! Descanse, depois de tanta dor, descanse! Se reencontre com sua parte que lhe tiraram e com seu velho.
Hoje o céu está em festa!
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