"Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás.Tava numa murrinha,
mas criei coragem, peguei o Sacrabala e fui. Cheguei tarde e só tinha peixe dispré. O
maninho que estava vendendo tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca
espirrou em cima do tamatá do moço, que tinha acabado de comprar, e no meu tembém.
Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não. O dono do tamatá muquiou
o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo. Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma
porruda! Mas égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri. Também... parece leso,
comprar unha no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu muito firme, mas
um pouco pitiú. Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça.
Eu pensando com meus botões...Êeee, já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas
entraram... Fiquei na roça, levei o farelo. O Sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um
toró: égua-muleke-tédoidé, pense no bonde lotado. No sacrabala lotado, com o vidro fechado
por causa da chuva, começa aquele calor muito palha. Uma velha estava quase
despombalecendo. Dai o velho que tava com ela gritou: arreda aí menino pra senhora sentar
aí do teu lado. Eu só falei: Hmm, tá, cheiroso..."
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