A consagração é, na verdade, um ato devocional. O papel da madrinha de consagração é, portanto, um papel simbólico, no sentido de cuidado espiritual. É aquela pessoa que assume, neste ato, rezar pela criança, estar ao seu lado espiritualmente, ser, a exemplo de Nossa Senhora, uma espécie de “outra mãe” para esta criança. Mãe espiritual. Vale lembrar que a Consagração da criança a Nossa Senhora, por exemplo, não é sacramento. Não sendo sacramento, não há o mesmo rigor do batismo. Assim sendo, quem assume ser madrinha de consagração, assume, devocionalmente, os cuidados espirituais dessa criança, mas não se exige dela os mesmos critérios que se exige dos padrinhos de batismo. Além disso, a criança pode ser consagrada quantas vezes seus pais desejarem. A consagração, neste caso, funciona como uma bênção. É bom não confundir a consagração a Nossa Senhora com o batismo da criança. São duas coisas bem distintas. O batismo é a verdadeira consagração, o resto são atos da piedade popular, da devoção que tem o seu valor, mas não é algo imprescindível como é batismo.
Pe José Carlos Pereira, CP
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